Vacina em desenvolvimento pode curar alergia a gatos
06 de abril de 2011 • 12h15
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Foto: Getty Images
Segundo uma pesquisa divulgada no Journal of Allergy and Clinical Immunology no dia 31 de março, a alergia a gatos pode estar com os dias contados. As informações são do siteLive Science.
Atualmente, a única solução para o problema é se manter a distância dos felinos ou tomar diversas vacinas específicas para fazer com que o corpo seja tolerante. Porém este processo pode demorar anos.
De acordo com a pesquisa, uma vacina foi desenvolvida ao isolar a proteína liberada pelos gatos que causa a maioria das reações alérgicas. Os pesquisadores usaram amostras de sangue de pessoas alérgicas a gatos para determinar qual segmento da proteína se liga e ativa células de imunidade.
Assim, criaram versões sintéticas destes segmentos, chamados de peptídeos. Uma mistura de 7 peptídeos sintéticos formam a vacina. A ideia, disseram os cientistas ao site, é que o sistema imunológico irá encontrar esses peptídeos (que se encaixam perfeitamente nas células de imunidade) e reconhecê-los como inofensivos.
Um teste feito em 88 pacientes não resultou em nenhum
efeito colateral grave. Uma única injeção permitiu a redução da inflamação da pele em 40%, disseram os pesquisadores.
A vacina está sendo produzida pela Adiga Life Sciences, empresa com sede na Universidade de McMaster, e pela empresa britânica de biotecnologia Circassia. As duas empresas continuam com testes em pacientes para determinar a dose exata para a vacina.
Comentário: A descoberta desta vacina seria super importante, principalmente para aquelas pessoas que adoram esses animais mas que não podem ter um contato muito próximo deles devido a reações alérgicas causadas. Devemos lembrar da importância de um gato para um ser humano como por exemplo um tranquilizante. A vida dos seres humanos esta cada vez mais agitada, e sendo assim, não será mais preciso dispensar essa terapia.
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Caderno Vida/Zero Hora 23 e abril de 2011 - n° 1.106

Comentário: Agora pessoas que querer perder peso e que tem a possibilidade de se exercitar pela manhã já sabem por onde começar. Como mostra a pesquisa, é muito mais proveitoso fazer exercícios de manhã, pois ainda queima calorias extras, além de que isso fornecerá muito mais disposição a pessoa.
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23/04/2011 07h00 - Atualizado em 23/04/2011 07h00
Matança crescente ameaça de extinção os botos da Amazônia
Biólogos e ambientalistas denunciam prática de pescadores que usam carne e ossos do boto cor-de-rosa como isca na Bacia Amazônica.
Por Alexei Barrionuevo, Myrna Domit e Rob HarrisDo New York Times
Associado a antigos mitos e lendas amazônicas, o boto cor-de-rosa corre o risco de virar mesmo apenas história, de acordo com denúncias de biólogos e ambientalistas. A população de botos da região estaria sendo dizimada por pescadores, interessados em usar sua carne e seus ossos como isca para fisgar um peixe chamado piracatinga, muito valorizado em algumas cidades brasileiras e na Colômbia.
Na comunidade de Igarapé do Costa, no Pará, este símbolo da Amazônia é visto pelos pescadores como uma praga. “Ele estraga as redes, come e espanta os peixes”, reclama um pescador. “Eu meti o arpão em alguns”, confessa outro. A recente reputação de boa isca se soma à lenda que associa o boto cor-de-rosa ao sumiço de pessoas e à gravidez das moças da região.
São histórias locais, cheias de passagens sombrias e referências à magia. “Ele é mau, porque leva as pessoas embora e abusa delas”, diz um habitante. “Sempre digo a minhas filhas e netas que o boto engravida as moças e que elas não devem nunca entrar na água quando estiverem menstruadas. Minha mãe me dizia isso”, afirma a moradora Maria Siqueira.
Assim, esses seres considerados inteligentes e amigáveis acabam vistos como inimigos ameaçadores. Segundo os biólogos, nas últimas décadas, centenas ou milhares de botos foram mortos na Amazônia por causa da pesca da piracatinga, uma das poucas fontes de renda de comunidades paupérrimas. “Às vezes, jogamos a rede na água e passamos uma semana sem pegar um único peixe”, diz Ronan Benício Rego, líder comunitário. “Mas a piracatinga dá para pescar na hora, então, pegamos para alimentar a família. Se não, vamos padecer”, justifica.
“Este foi morto por um pescador, com uma machadinha”, diz o biólogo português Miguel Miguéis, com a cabeça de um boto nas mãos. Ele luta para proteger esses mamíferos. “A população de botos cor-de-rosa diminui a cada ano. A principal ameaça à espécie é essa matança indiscriminada que acontece aqui na Bacia Amazônica, sem nenhum controle. Eles matam porque não há autoridade nesse lugar”, lamenta.
Há dois anos, a equipe do biólogo registrou 250 botos numa reserva perto da cidade. Este ano, somente 50 foram encontrados. Os pesquisadores têm documentado as mortes, na tentativa de chamar a atenção para o problema. Também procuram conversar com os pescadores responsáveis, de modo a orientá-los a manter a fonte de renda, sem matar os botos. Miguéis diz que a carne de porco pode perfeitamente substituir a do boto na hora de pegar a piracatinga.
Ronan Benício Rego alega que os pescadores de Igarapé fizeram a substituição há mais de um ano, mas muitos dizem que a matança continua. A piracatinga pescada nessas águas geralmente vai para mercados de Bogotá, na Colômbia. Num esquema fraudulento, ganha outro nome e é vendida como uma espécie de peixe muito popular e cara, o capaz. “É excelente, muito saboroso. Não tem espinhas, os colombianos gostam muito”, diz o comerciante David Aguirre.
“O consumidor não tem ideia do que está comprando e comendo. E nem sonha que botos estão sendo mortos para servir de isca para esse peixe”, afirma Fernando Trujillo, da Fundação Omacha, um grupo ambientalista de Bogotá. “O boto é um mamífero ameaçado de extinção. Se dependesse de mim, não apoiaria essas práticas”, diz Andrés Garcia, vendedor de peixes.
As autoridades brasileiras dizem que os pescadores estão infringindo a lei e vão apurar se eles têm alguma conexão com o crime organizado colombiano. Em meio às denúncias e promessas de investigação, o biólogo Miguel Miguéis se preocupa ainda com o folclore que envolve o boto. “Se o boto desaparecer, toda a cultura, todas as lendas vão desaparecer, assim como uma parte da Amazônia. Para mim, isso é a coisa mais triste que pode acontecer”, afirma.
Comentário: Chega a ser triste ver notícias como essa, que mostra o ponto da crueldade do homem ao matar animais sem necessidade, sem motivos, apenas pela ambição de ganhar dinheiro de forma mais fácil. Sobre essa prática, já deveriam ter tomado providencias, antes que mais um animal seja extinto, e este com grande representação para a cultura de nosso país. É um assunto sério, que trata sobretudo do respeito à vida.
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