quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Cientistas dizem ter identificado causa genética da magreza
31 de agosto de 2011 14h21 atualizado às 14h30

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Cientistas descobriram a causa genética da magreza extrema, o que pode ativar, em crianças, a chamada síndrome da falha de desenvolvimento ("failure to thrive", em inglês), segundo um estudo que será publicado na edição da quinta-feira da revista científica Nature.

A pesquisa demonstrou que pessoas com cópias excedentes de certos genes são mais propensas a serem magras demais. Segundo os cientistas, uma em cada 2 mil pessoas tem parte do cromossomo duplicado, tornando homens 23 vezes e mulheres 5 vezes mais propensos a estarem seriamente abaixo do peso.

Normalmente, um indivíduo herda uma cópia de cada cromossomo do pai e da mãe, resultando em um par de cada gene. Mas às vezes, seções de um cromossomo são copiadas ou apagadas, resultando em segmentos a mais ou a menos do código genético.

"Em muitos casos, as cópias e apagamentos não produzem qualquer efeito, mas ocasionalmente podem gerar doenças", explicou Philippe Froguel, professor da Escola de Saúde Pública do Imperial College, em Londres.

No estudo, Froguel e seus colegas examinaram o DNA de cerca de 95 mil pessoas, em busca de padrões vinculados à magreza extrema. Eles descobriram que a duplicação de uma parte do cromossomo 16, contendo mais de duas dúzias de genes, é fortemente associada ao peso abaixo do normal, definido como índice de massa corporal (IMC) abaixo de 18,5.

A faixa de normalidade do IMC varia entre 18,5 e 25. Indivíduos com IMC entre 25 e 30 são considerados com "sobrepeso" e acima de 30, "obesos". Metade de todas as crianças estudadas com este excedente genético foi diagnosticada com falha de desenvolvimento, o que significa que elas não ganharam peso em uma taxa normal à medida que cresceram.

Um quarto dos indivíduos com genes extra teve microcefalia, uma condição na qual a cabeça e o cérebro são anormalmente pequenos, e que é associada a deficiências neurológicas e a uma expectativa de vida mais curta. No ano passado, a mesma equipe de cientistas descobriu que pessoas com a ausência de uma cópia destes genes eram 43 vezes mais propensas a serem obesas mórbidas.

"Uma razão (pela qual a nova descoberta) é importante é que ela demonstra que a falha de desenvolvimento na infância pode ter causas genéticas. Se uma criança não se alimenta, não necessariamente é por culpa dos pais", afirmou Froguel em um comunicado. Em algumas crianças com o problema, especialmente meninos, indivíduos com quatro anos não pesavam mais do que uma criança normal de um ano e meio, declarou por telefone.

Froguel disse suspeitar que alguns pais e mães com filhos severamente abaixo do peso sejam acusados, erradamente, de negligência ou abuso quando, na verdade, a condição se deveu amplamente a uma falha genética.

Pesquisas anteriores já tinham identificado um grande número de falhas genéticas que levam à obesidade, mas esta foi a primeira a detectar uma causa genética para a magreza, afirmou. "Também é o primeiro exemplo de efeitos colaterais do apagamento e da duplicação de uma parte do genoma", acrescentou Froguel.

"Até o momento, nós não sabemos nada sobre os genes nesta região. Se pudermos descobrir porque a duplicação genética nesta região causa magreza, isto pode gerar novos tratamentos possíveis para a obesidade e distúrbios do apetite", emendou. O próximo passo, afirmou, é sequenciar os genes para descobrir quais estão envolvidos na regulação do apetite.

A parte do cromossomo 16 identificado no estudo contém 28 genes. As duplicações nesta região foram, anteriormente, associadas à esquizofrenia, e os apagamentos, ao autismo.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5323166-EI8147,00-Cientistas+dizem+ter+identificado+causa+genetica+da+magreza.html


Comentário: Podemos perceber o quanto complexa é a genética, e que alguma alteração em apenas um cromossomo acarreta em situações como esta, que muitos imaginavam nada ter a ver. Assim como o excesso de peso é causa do metabolismo herdado, a magreza em excesso esta associada certa falha genética.

23/08/2011 - 14h22

Cientista e artista plástica criam pele à prova de bala

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ASSOCIATED PRESS

Arte e genética não costumam andar juntas, mas um caso raro de parceria nessas duas áreas levou à fabricação de uma pele à prova de balas.

A parte científica coube ao pesquisador Randy Lewis, da Universidade do Estado de Utah. Ele se tornou famoso recentemente por tornar viável comercialmente uma fibra de seda produzida a partir de genes de aranhas, usando no processo cabras e bichos da seda.

Já do lado artístico, Jalila Essaidi utilizou células da pele humana e de teia de aranha no novo tipo de pele capaz de parar balas de revólver de calibre.22 a baixa velocidade.

A pele não pode salvar a vida de uma pessoa, afirma a artista. Mas ela salienta a importância do produto por não existir nada semelhante até agora --o estudo foi bancado por um fundo voltado para artes e genética.

O futuro do produto ainda é incerto. Lewis não vê aplicações neste exato momento, mas no futuro poderia ser criada uma teia alterada geneticamente com aplicações médicas que substituiria, por exemplo, tendões e ligamentos lesionados.

Cortesia de Jalila Essaida/Associated Press
A artista plástica Jalila Essaidi durante teste da pele que barra bala de revólver
A artista plástica Jalila Essaidi durante teste da pele que barra bala de revólver
Jalila Essaida/Associated Press

Durante teste, a bala de revólver não chegou a atravessar a pele desenvolvida por cientista e artista plástica
Durante teste, a bala de revólver não chegou a atravessar a pele desenvolvida por cientista e artista plástica

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/963984-cientista-e-artista-plastica-criam-pele-a-prova-de-bala.shtml

Comentário: Se tal criatividade for desenvolvida, sera de grande utilidade para toda a população poder usar como proteção, e assim ter também mais liberdade para poder andar "por ai".

Icone de SaúdeSAÚDE

ublicado em 15/08/2011 às 13h04:

Estudo diz que obesidade não é sinônimo de doença

Tentar perder peso e fracassar pode ser pior que manter um elevado peso corporal

EFE

obesidadeThinkStock

Os gordinhos podem levar uma vida saudável e são menos propensos a problemas cardiovasculares, afirmaram pesquisadores da Universidade de York, no Canadá, que estudaram 6.000 americanos obesos durante 16 anos e compararam seu risco de mortalidade com o de indivíduos magros.


Jennifer Kuk, professora na escola de York de Kinesiologia e de Ciência da Saúde, autora principal do estudo publicado na revista Applied Physiology, Nutrition and Metabolism, declarou:

– Nossos resultados questionam a ideia que todos os obesos precisam perder peso.

De acordo com Jennifer, tentar perder peso e fracassar pode ser pior que manter um elevado peso corporal e levar um estilo de vida saudável que inclua atividade física e dieta equilibrada com muita fruta e verdura. O estudo revelou que as pessoas obesas com poucos ou nenhum problema físico ou psicológico e que tinham um peso maior ao entrar na idade adulta estavam mais conformes com seu peso e tentavam com menor frequência fazer uma dieta.

Além disso, eram mais propensas a ser fisicamente ativas e a seguir uma dieta saudável. Os pesquisadores utilizaram o sistema de classificação da obesidade de Edmonton (EOSS, na sigla em inglês) que, segundo afirmam, é mais confiável que o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) baseado no peso e na altura, e que aquele que mede a circunferência da cintura.

O novo sistema, desenvolvido pela universidade canadense de Alberta, estabelece cinco fases da obesidade, levando em conta, além do IMC e do tamanho da cintura, parâmetros clínicos que indicam a presença de doenças frequentemente agravadas pela obesidade, como diabetes, hipertensão e problemas coronários.

Embora um índice elevado de IMC esteja relacionado com um maior risco de doenças relacionadas com a obesidade e de mortalidade, essa é uma medida indireta que não distingue entre tecido gorduroso e magro. Segundo Jennifer, para saber se devem ou não perder peso, as pessoas deveriam consultar um médico que as avalie de acordo com os critérios do EOSS.

Estudo: comer carne vermelha aumenta risco de diabetes
10 de agosto de 2011 16h08 atualizado às 16h53

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Comer duas fatias de toucinho, uma salsicha ou uma porção diária de carne vermelha aumenta significativamente o risco de diabetes tipo 2, alertou um amplo estudo feito nos Estado Unidos e publicado esta quarta-feira na versão online da revista American Journal of Clinical Nutrition. O risco de desenvolver diabetes tipo 2 aumenta 51% se forem consumidas 50 g de carne vermelha processada por dia, e 19% se forem ingeridas 100 g diárias de carne vermelha não processada.

No entanto, estes riscos diminuem se a carne vermelha for substituída por frutas secas, carnes brancas, lácteos pobres em gordura ou proteínas de grão inteiro, explicam os especialistas. Se uma pessoa que consome 100 g de carne vermelha todos os dias trocar por frutas secas para obter a mesma quantidade de proteínas, diminui em 17% o risco de diabetes. Este número aumenta para 23% se forem consumidos cereais integrais.

O estudo
Realizado por cientistas da Escola de Saúde Pública de Harvard, esta é a maior pesquisa do tipo feita até agora. "Claramente, os resultados deste estudo têm implicações na saúde pública, em vista da epidemia crescente de diabetes tipo 2 e do consumo de carnes vermelhas em todo o mundo", disse o autor principal do estudo, Frank Hu.

"A boa notícia é que estes fatores de risco preocupantes podem ser compensados, substituindo a carne vermelha por uma proteína mais saudável", acrescentou Hu, professor de nutrição e epidemiologia.

Os dados utilizados no estudo foram obtidos em um questionário que profissionais da saúde submeteram a mais de 200 mil pessoas nos Estados Unidos. As pessoas estudadas foram acompanhadas entre os 14 e os 28 anos.

A doença
A diabetes tipo 2 afeta 350 milhões de adultos em todo o mundo. Nos Estados Unidos, mais de 11% dos adultos maiores de 20 anos - 25,6 milhões - sofrem da doença, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças do país.

Doença crônica que implica em elevados níveis de açúcar no sangue, a diabetes tipo 2 é frequentemente causada por obesidade, sedentarismo e hábitos alimentares pouco saudávei.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5290437-EI8147,00-Estudo+comer+carne+vermelha+aumenta+risco+de+diabetes.html

Comentário: A cada dia que passa estudos comprovam mais efeitos negativos quanto a ingerir carne vermelha. Que aumenta o risco de câncer e de enfarte, todos já devemos ter ouvido falar, e agora podemos adicionar mais uma doença que mata tantas pessoas no mundo, o diabetes. Assim, a ingestão de uma carne branca é muito mais saudável, levando em conta que a grande diferença entre elas é a quantidade de ferro no tecido, e isto pode ser substituído por tantos outros alimentos.